O mundo está aterrorizado com o sofrimento do povo japonês, em especial com o grave acidente nuclear que está ameaçando não apenas aquele país.
A recuperação da Nação ao trauma do terremoto e do "tsunami" seria demorada, mas possível.
E a recuperação à energia nuclear?
Este tipo de acidente é invisível, inodoro, inaudível… um inimigo fantasma, detectável por contadores Geiger e pelas sequelas àqueles que são atingidos: mais cedo ou mais tarde, no entorno imediato ou num raio imprevisível…
Um inimigo que possui seus mistérios, um inimigo incontrolável, que atinge gerações.
A seriedade, a disciplina, o rigor do povo japonês pressupõe controles bem exercidos, simulações e planos de contingências bem elaborados.
Afinal, é um povo que já sofreu outras catástrofes de grandes proporções, portanto, estaria preparado para atuar nestas circunstâncias.
Contudo, nem os antigos samurais, com sua filosofia milenar e seu comportamento disciplinado, conseguem combater um inimigo tão poderoso: a radiação nuclear.
Pois bem.
O povo brasileiro, relaxado e "de bem com a vida", está querendo entrar na "moda" da energia nuclear. "Negócio lucrativo, de 1º mundo", alguns pensariam.
Sem maiores comentários…
O que seria de nosso país se acontecesse uma ameaça dessas?
Que suporte técnico, logístico e humano teríamos?
Quantas gerações seriam comprometidas?
Precisamos pensar nestas questões.
Conhecer bem os riscos e os possíveis recursos disponíveis.
Conhecer a capacidade de resposta ante um acidente como este – ou levemente parecido…
As mudanças climáticas estão ai, sem o controle dos cientistas e observadores.
Não sabemos ao certo quais as respostas do planeta às agressões que vem sofrendo.
Portanto, abalos sísmicos podem ocorrer, tsunamis também… quem garante o contrário?
Pensemos.
Vamos discutir esta questão, que pode ser decisiva ao futuro das próximas gerações.
Celeiro do Mundo? SIM.
Mas sem energia nuclear.
Há muito o que se pesquisar e aproveitar em termos de recursos naturais renováveis.
Celeiro do Mundo, SIM, mas não como depósito de resíduos nucleares.
Mas como uma das últimas esperanças de vida na Terra.
Uma opinião inteligente e isenta de paixão.
Talvez movida pela vida.
CurtirCurtir