O mundo está em crise.
Esta constatação começou a ser discutida em função do crescimento da demanda energética mundial, do sinal de alerta diante da escassez da água e do efeito estufa, que está pondo em risco a condição de vida no planeta.
Em 1992, a Agenda 21 estabeleceu metas para que os países do mundo inteiro reduzissem suas emissões gasosas – causadoras do aquecimento global, adotando matrizes energéticas limpas e reduzindo a produção de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, cujo lançamento desordenado está comprometendo a condição de saúde e bem estar das populações.
Começou aí a grande batalha do ser humano, em busca das alternativas “limpas” pela sobrevivência do planeta e dos seres vivos, através do conceito de sustentabilidade.
Sustentabilidade nada mais é do que a consciência coletiva de consumo coerente e consciente dos insumos do planeta, com a preocupação de preservá-los para que as gerações futuras também possam tê-los a sua disposição.
Neste intuito, a comunidade internacional voltou sua atenção para o desenvolvimento de tecnologias e sistemas operacionais que demandassem menos consumo de energia, com valor econômico viável e que trouxessem qualidade de vida à sociedade.
Tendo-se em vista que as edificações são responsáveis por mais de 40% da demanda de energia elétrica mundial e que mais da metade da população humana vive em cidades, tornou-se inevitável uma atuação direta neste setor. Neste momento, os conceitos da arquitetura passaram a ser revistos e valores antigos foram resgatados.
Conceitos básicos de ventilação e iluminação naturais, consumo de água, conservação e utilização de energia limpa no edifício, adoção de materiais que causem baixo impacto ao meio ambiente, respeito ao entorno natural, foram revitalizados em nome da sustentabilidade. Eco design, reengenharia e retrofit passaram a ser palavras de ordem neste contexto.
Toda a vida útil do edifício, desde sua concepção à sua utilização, deve estar comprometida com estes princípios.
Uma batalha tecnológica, social e econômica que vem irmanando povos em busca de soluções pela Vida!
A globalização pela Vida.
O século XXI está devolvendo ao ser humano sua capacidade de organização em prol de uma causa única: a sobrevivência da espécie, através da tecnologia, da criatividade, do resgate dos valores naturais e dos insumos renováveis que a Mãe Natureza nos oferece!
Cabe a cada um despertar para esta onda sócio-econômico-ambiental, assumir suas responsabilidades enquanto agendes causadores e vitimas do processo, e contribuir pela preservação de nossa quarta pele: o planeta Terra.