Arquitetos da minha geração já estão precisando dar um novo “upgrade” em seus neurônios! Quem aprendeu Arquitetura numa prancheta, desenhando com grafite e nanquim, precisou romper dificuldades e aderir ao “velho” CAD. Agora, novas ferramentas estão sendo difundidas para a edição dos projetos de Arquitetura, agora bem mais adequadas do que o velho CAD: as ferramentas de modelagem da informação da construção, ou softwares de plataforma BIM.
O Governo Federal iniciou um programa para disseminar a utilização de ferramentas gráficas para tornar mais eficiente a construção civil no Brasil. Assim como em outros países, a utilização da plataforma de “modelagem da informação da construção” (building information model = BIM), vem propiciando inúmeras vantagens na configuração dos atributos de uma edificação:
- visualização exata do modelo em 3D, contemplando os elementos já especificados;
- compartilhamento do modelo entre os profissionais que irão elaborar os projetos complementares, possibilitando a verificação de possíveis conflitos entre os diversos projetos através de simulações;
- avaliação da eficiência energética do edifício através de simulação (Etiqueta PBE Edifica);
- facilidade na quantificação de materiais e orçamentação mais precisa;
- redução de retrabalho e perdas na construção.

Indiscutivelmente, a modelagem da informação da construção traz inúmeros benefícios à indústria da construção civil, tornando-a mais racionalizada, e com menor possibilidade de erros.
Existem algumas ferramentas para a modelagem da construção no Brasil, a maioria delas pouco conhecida devido às questões mercadológicas. A opção por qual ferramenta utilizar vai ser definida por cada profissional, levando em consideração análise de viabilidade financeira, facilidade de aquisição e suporte técnico do software (ou de sua licença de uso).
No Brasil, até este ano, apenas 9,2% das empresas ligadas à construção civil utilizam tais ferramentas. O Governo Federal busca implementar medidas para estimular a adoção do BIM através do programa “BIM BR – Construção Inteligente“, visando uma meta de ampliação do seu uso em dez vezes o patamar atual, com o objetivo de elevar o PIB da Construção Civil em 28,9% (aumento de 2,0% ao ano para 2,6% no mesmo período), por propiciar a redução de gastos (insumos, mão de obra, tempo) e aumento da produtividade do setor. (Dados da FGV, 2018)
Colegas Arquitetos e Engenheiros com mais de 30 anos de formados: estamos diante de um ótimo desafio, que ainda nos ajudará a preservar a mente ativa por muito tempo!!
(DB)